quinta-feira, 1 de outubro de 2009

[12] China, para onde vais?

A China, mais rigorosamente República Popular da China, mais tristemente China Comunista, está hoje em festa, pois faz 60 anos que a ditadura comunista impera neste imenso país, o maior do mundo no que respeita à sua população. Sei que o país é enorme, sei também que num pós-guerra fria, a abertura que a economia chinesa fez, abrindo-se ao capitalismo ocidental, foi uma forma de se poder colocar uma ditadura férrea no século XXI, que causou milhões de mortes e sofrimento, e que se manifesta em muitos sectores da sociedade chinesa, a começar pelas liberdades fundamentais. Uma liberdade fundamental, assumida hoje por todos, é o de precisamente alguém fazer aquilo que eu estou agora a fazer, escrever um post para o meu Portugal Observer, olho para a janela e vejo a serrania algarvia e sei que estou "seguro", mas, ai de mim, se tivesse a ousadia de escrever o que já escrevi e estivesse a olhar pela janela da minha casa, e visse o céu sempre nublado de Beijing. Já todos sabemos qual seria o resultado, não vale a pena aqui dizê-lo.



Aliás, é curioso, que este país que fez o mundo ficar espantado com os acontecimentos trágicos de Tianamen, com a tragédia prevísel sobre Taiwan, este Dragão vermelho (não azul e branco), teve sempre uma relação atribulada consigo mesmo e com os seus vizinhos, dando-se melhor com os países mais equidistantes, como por exemplo, o expansionismo chinês em África. Não é verdade por exemplo, que no tempo da guerra fria, as relações entre dois estados comunistas puros, como era a China e a União Soviética, nunca foi a melhor, não havia a colaboração de parte a parte, seja a nível institucional, seja a nível diplomático e fronteiriço. O meu pai foi toda a vida militar, e além de ter estado em Angola e Índia Portuguesa, esteve também em Macau, hoje território autónomo mas integrante da República Comunista Chinesa. Eu, gostava de lá ir (a Macau), e estar onde ele esteve, mas não me apetece nada, pisar solo controlado por uma ditadura comunista.



Por isso, China, vê se percebes a mensagem que fiz escrever neste post, feita num país que se diz livre e na tua língua: comunismo nunca mais.

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