quarta-feira, 30 de setembro de 2009

[2] Diário Público de Notícias

Ainda sobre o tão falado caso das "escutas" entre o Governo e a Presidência da República, não se pode deixar de tentar perceber o comportamento de outros protagonistas, os jornalistas. Conheço alguns deles e segundo ouvi da boca deles mesmos, a relação na classe é do pior que se pode imaginar, como a prepotência de uns em relação a outros, o não aceitar que alguém de fora da classe os corrija, quando estão errados, o de tentarem que sejam vistos e percebidos como quarto poder, o de desvalorizarem os princípios éticos do jornalismo, para fazer a vontade e frete ao grupo ou poder económico que os sustenta. Fiquemos por aqui. Um deles, que labuta num jornal, disse-me uma vez, que desde os tempos em que estudou na faculdade, sabia que nunca podia confiar num colega, pois a desconfiança e o oportunismo são totais.




Esta gente é do mais hipócrita e cínica que se pode imaginar e eu sei bem o que digo, porque já o vi em pleno. O caso do DN que faz manchete e alarido com o que os seus colegas do Público, fizeram e escreveram, é um dos muitos casos que me dá razão, para afirmar aquilo que digo, e pior, pior, ainda não se sabe tudo.

Porque de conflito se trata, haverá ranger de dentes entre Cavaco e Sócrates, entre DN e Público, entre Joaquim Oliveira e Belmiro de Azevedo, é pena, não sermos todos razoáveis e acima de tudo, homens sérios e verdadeiros.

Se os jornalistas quiserem ser levados a sério, primeiro que sejam leais com a sua consciência e com a verdade, que não se viole princípios entendidos como elementares na profissão de jornalista, se fizerem isso e se forem mais humildes, vão vender mais papel e vão ser consumidos muitos mais minutos a ler na net, aquilo que os seus jornais produzem. Podem-me dizer, isso já hoje acontece, sim, realmente acontece, mas infelizmente é lixo, simplesmente lixo jornalístico, tirando raras excepções.

1 comentário:

  1. Antes dos computadores chegavam ao ponto de roubar os contactos nos filofax uns aos outros. Agora não sei como fazem.

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